FÉCOMERCIO faz sondagem no segmento de Atacado
Anterior ao coronavírus, sondagem feita com atacadistas do Estado demonstrava otimismo
Pesquisa
feita às vésperas da deflagração da crise anunciava a expectativa
de um ano bom, aponta Fecomércio-RS
A Sondagem de Segmentos
“Atacado”, realizada semestralmente pela Fecomércio-RS, está
sendo divulgada nesta segunda-feira, dia 30. A pesquisa contou com
385 empresas de todo o Estado entre os dias 27/02 e 16/03. Dessa
forma, a pesquisa pode ser entendida como um retrato das expectativas
no momento que antecedeu a instalação da crise provocada pelo
combate ao coronavírus. A estratégia de distanciamento social
imposta pelos governos tem como principal elemento a redução da
aglomeração de pessoas, o que levou muitos estados a uma redução
abrupta e intensa da atividade produtiva. A Sondagem pode ser
acessada aqui.
Na pesquisa, 54% dos
entrevistados haviam apontado como bom, muito bom ou excelente o
desempenho das suas vendas e, no período, 81,1% havia mantido ou
aumentado o número de funcionários. Dentre as expectativas, 68,3%
esperavam aumento de suas vendas e 74,0% tinham expectativa de
melhora para o seu negócio, com 29,9% tendo a intenção de aumentar
contratações.
"Esta sondagem
reflete o que empreendedores esperavam para o ano às vésperas da
crise. Entretanto, certamente as próximas pesquisas vão reverter
isso. Estamos vivendo uma situação completamente atípica. Um ano
que prometia ser bom está ensaiando para ser um dos piores da nossa
história. O cenário vem se tornando mais complexo a cada dia. No
momento o foco deixou de ser crescer, é simplesmente reduzir danos",
afirmou Luiz Carlos Bohn, presidente da Fecomércio-RS.
A pesquisa também
apontava que 7,8% já consideravam seu nível de endividamento muito
alto antes da crise e 16,6% apontavam ter um controle muito
superficial ou simplesmente não faziam análises sobre suas
finanças, sendo que 20% afirmavam que as contas pessoais e da
empresa se misturavam. "Em um momento de diminuição abrupta da
demanda e de falhas nas cadeias produtivas que emperram a capacidade
de oferta, ter uma situação econômico-financeira frágil é um
enorme risco para as empresas e para os empregos que elas geram",
ressaltou Bohn.