Metroplan entrega Plano de Proteção contra Cheias a municípios da Região Metropolitana
Superintendente da
Metroplan, Pedro Bisch Neto explica o Plano de Proteção
Foto: Douglas Collares
Estudo foi feito durante três anos para apresentar soluções e contempla municípios nas áreas da Bacia do Rio Gravataí, da Bacia do Rio dos Sinos, da Sub-bacia do Arroio Feijó e do Delta do Jacuí. Plano também mostra prejuízo financeiro em caso de não adesão às medidas
A Fundação Estadual
de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) entregou na
manhã desta terça-feira (18) o Plano de Proteção Contra Cheias a
municípios da Região Metropolitana que são atingidos pelas chuvas.
O encontro, que aconteceu no Palácio Piratini, reuniu o governador
José Ivo Sartori e prefeitos de cidades da região.
Segundo o
superintendente da Metroplan, Pedro Bisch Neto, que apresentou o
Plano, o estudo apresenta soluções estruturais e não-estruturais
para os municípios que ficam nas áreas da Bacia do Rio Gravataí,
da Bacia do Rio dos Sinos, da Sub-bacia do Arroio Feijó e do Delta
do Jacuí. “Foi um longo trabalho, onde analisamos fotografias
aéreas, fizemos audiências públicas, e pudemos identificar quais
são as prioridades para estas áreas”, disse.
De acordo com o
superintendente, uma das medidas chamadas não-estruturais seria a
remoção das pessoas das áreas das orlas, mas este custo seria
muito elevado. Entre as medidas estruturais, está a construção de
diques de proteção. “Isso garante que a água fique canalizada no
leito e não transborde”, destaca.
“Mas o que é mais
importante é que conseguimos realizar um levantamento, pela primeira
vez, para prever um cenário em que estas medidas não seriam
tomadas, e conseguimos calcular o prejuízo disso”, diz.
Em 30 anos, na região
da bacia do Gravataí, o prejuízo seria de R$ 5 bilhões, em áreas
e propriedades atingidas, número de alagamentos e atividades
suspensas. Na Bacia do Sinos, o prejuízo seria de R$ 7 bilhões. “Já
em um cenário com alternativas estruturais, o investimento não
chega a um terço destes valores”, destaca Pedro.
O estudo foi feito com
recursos do Ministério das Cidades e passa a ser incorporado nos
planejamentos dos municípios, que ainda precisam buscar recursos
para a resolução do problema.
Por G1 RS