sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Estudo analisa a impunidade nos homicídios de comunicadores no Brasil



Relatório da ONG Artigo 19 analisou 12 casos ocorridos entre 2012 e 2014. Em apenas cinco houve indiciamento de suspeitos

São Paulo – A ONG Artigo 19 lançou ontem (2) o relatório “O Ciclo do Silêncio: impunidade em homicídios de comunicadores no Brasil”, análise sobre o contexto da impunidade desse tipo de crime no Brasil.
O relatório aborda as principais características de 12 casos de homicídio de radialistas, blogueiros, jornalistas e fotojornalistas monitorados pela entidade, entre 2012 e 2014. Todos os assassinatos relacionam-se com denúncias de irregularidades feitas pelos comunicadores, com os crimes sempre tendo envolvido a contratação de pistoleiros. Dos 12 crimes analisados, em nove a suspeita é de que o assassinato tenha sido encomendado por políticos ou policiais.
A impunidade é uma característica em todos os homicídios: em apenas cinco casos, os inquéritos policiais levaram ao indiciamento de suspeitos; nos outros sete, as investigações foram insuficientes ou inconclusivas, e os responsáveis seguem impunes.
“A impunidade é um dos principais motivos para que o ciclo de violações contra comunicadores siga acontecendo. Em um cenário como esse, muitos comunicadores acabam incorrendo na autocensura, deixando de publicar informações de interesse público, o que não apenas prejudica o exercício da liberdade de expressão como viola o direito de informação de toda a sociedade”, afirma Paula Martins, diretora-executiva da Artigo 19.
Para Paula, é preciso haver uma mudança na atuação do Estado brasileiro diante do grave problema. “O estudo demonstra a dupla responsabilidade do Estado na reprodução dessas violações. Primeiro, quando seus agentes, como políticos e policiais, cometem os crimes; depois, quando os órgãos de Justiça falham em responsabilizá-los e dar uma resposta efetiva aos familiares das vítimas e à sociedade.”


terça-feira, 1 de novembro de 2016

PRF realiza operação de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes




A Polícia Rodoviária Federal realizou operação de combate à exploração infanto-juvenil na noite da última sexta-feira (28) em estabelecimento localizado às margens da BR 116, em Barra do Ribeiro.
A operação denominada Mapear II baseou-se em levantamento da própria PRF, realizado em 2015, o qual indicou 1.262 pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais do país.
Em casa noturna localizada na Barra do Ribeiro foram identificadas todas as pessoas presentes, com objetivo de verificar a situação penal e antecedentes criminais dos frequentadores. Uma menor de 17 anos foi encaminhada ao Conselho Tutelar e a dona da boate apresentada à polícia judiciária de Camaquã por corrupção de menor.
A Mapear II é uma operação nacional da PRF e ocorreu simultaneamente em todos os estados brasileiros. Somente no Rio Grande do Sul, mais de 20 locais foram alvos de fiscalização, abrangendo todas as regiões do estado. A PRF continuará monitorando os estabelecimentos às margens das rodovias federais, evitando que menores sejam expostas a risco.

Policia Civil evita ataque a banco em Arroio dos Ratos na Região Carbonífera







Um ataque a banco com explosivos foi frustrado pela Polícia Civil e terminou com troca de tiros na madrugada desta terça-feira (1º) em Arroio dos Ratos, na região Carbonífera do Rio Grande do Sul. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos estavam prestes a atacar um Banco do Brasil e só foi evitado depois que o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) organizou uma operação para prender os suspeitos.
O flagrante ocorreu às 2h50min, quando os policiais encontraram seis criminosos em frente à agência do Banco do Brasil, na área central de Arroio dos Ratos. Houve uma intensa troca de tiros e, conforme o Deic, mais de 100 disparos de fuzil foram efetuados. No tiroteio, um policial civil foi ferido por uma bala.
Durante a ação, o grupo ingressou em uma casa e fez um homem refém. Os suspeitos obrigaram a vítima a retirar o carro da garagem, um Fiat Tempra, e fugir para fora da cidade. Minutos depois, ele foi liberado na BR 290 para que a quadrilha pudesse continuar com a fuga.

Mais tarde, os suspeitos usaram um Chevrolet Onix para despistar a Polícia Civil. O Deic informou que o grupo não conseguiu retirar o dinheiro da agência bancária e que o paradeiro dos criminosos é desconhecido. Conforme o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), delegado Rodrigo Bozzeto, a quadrilha é especializada no crime e tem envolvimento em outros casos.